Ainda pouco conhecido fora dos círculos especializados, o conceito de ESG (Environmental, Social and Governance), que reúne as práticas e políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança, será cada vez mais cobrado das empresas.
ESG é uma demanda do mercado financeiro, já referenciado como “investimentos com viés ESG que se preocupam com às práticas ambientais, sociais e de governança das organizações.
O termo ESG foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial. Consequência do Pacto Global, veio o Princípios para o Investimento Responsável, trazendo o termo “Who Cares Wins – Quem se importa ganha”, colocando grandes investidores como foco para captação de adeptos às práticas consideradas necessárias para um mundo sustentável. Mas vale ressaltar que as preocupações do mercado financeiro são anteriores à estes eventos atuais. São da década de 60, devido a grandes escândalos envolvendo grandes empresas, que lhes impôs prejuízos de grandes proporções. Em 2019/2020 o ESG ganhou força através da declaração da maior gestora de fundos de investimento (BlackRock), após reunião do Fórum Econômico Mundial (DAVOS), onde empresário decidiram que direcionariam seus investimentos para empresas comprometidas com as questões socioambientais.
Esses critérios também podem estar relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pelo Pacto Global, uma iniciativa mundial que envolve a ONU e várias entidades internacionais, bem como os conceitos de Sustentabilidade que a mesma ONU trabalha há anos.
A consultoria KPMG destaca que o ESG é uma jornada de transformação dos negócios que envolve a construção de um mundo inclusivo, ético e com sustentabilidade ambiental, garantindo qualidade de vida para todos. Para alcançar essa meta, as empresas devem desenvolver e implementar práticas de negócios que alinhem lucro, propósito e transparência, por isso a força do mercado financeiro, que não está disposta a abrir mão de seus lucros com empresas que não são comprometidas com questões socioambientais.
Qual a importância do ESG?
A importância do ESG nos negócios vai além das expectativas óbvias do Lucro e das questões que podem impactar negativamente os negócios devido a questões socioambientais. Fenômenos como o surto de coronavírus e as mudanças climáticas têm mostrado que não somos donos do nosso planeta, mas administradores da natureza. O ESG está ganhando ainda mais importância à luz desses eventos, pois as empresas têm a responsabilidade e os recursos para realizar ações climáticas positivas e construir um futuro mais sustentável e resiliente.
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A relação do ESG com o meio ambiente é fundamental. A letra “E” da sigla representa o impacto que uma empresa causa no ambiente natural. Isso inclui questões como poluição, uso de recursos naturais e consequências para a biodiversidade. A relação entre o ESG e o meio ambiente é umbilical, pois o fortalecimento da sigla nos negócios mostra como o valor de uma empresa está atrelado não apenas aos resultados financeiros, mas também às conquistas não materiais que refletem sua missão e contribuição para a sociedade.
Além disso, o ESG abrange a dimensão social (letra “S”) e os fatores de governança (letra “G”). A dimensão social envolve o tratamento justo dos funcionários, inclusão social, segurança de produtos e serviços, a importância com outras partes interessadas, entre outros aspectos. Já a governança está relacionada à administração responsável dos negócios, abrangendo políticas anticorrupção, transparência tributária e qualidade das divulgações financeiras e a sustentabilidade do negócio, sua perenidade.
A integração do ESG nas práticas de negócios é crucial para o sucesso das empresas e é um caminho sem volta. Além de atender às expectativas dos consumidores e investidores, a adoção de práticas ESG reduz riscos, melhora a eficiência operacional e fortalece a reputação das empresas. Empresas comprometidas com o ESG reduzem seus riscos socioambientais negativos, e por consequência podem estar ativamente envolvidas na superação da desigualdade, discriminação e na construção de um mundo mais sustentável e igualitário.
Embora não existam certificações específicas para o ESG, é possível utilizar normas internacionais, como a ISO 14001, ISO 26000, ISO 50001, ISO 37301, ISO 45001, ISO 31000 e ISO 37000, não se limitado à elas, mas que são estratégias que apoiam cada uma das áreas do ESG e fornecem diretrizes valiosas para implementar práticas renomadas sustentáveis e responsáveis.
Como pensar ESG para minha empresa?
Como você viu anteriormente, o conhecimento e a aplicação dos princípios do ESG são essenciais para o sucesso das empresas nos dias de hoje. Além de atender às expectativas dos consumidores e investidores, a integração do ESG nas práticas de negócios permite que as empresas reduzam riscos, melhorem a eficiência operacional, fortaleçam sua reputação e se posicionem como líderes responsáveis em seus setores. Portanto, é fundamental que as empresas compreendam o ESG e incorporem esses princípios em sua estratégia e operações, visando um futuro mais sustentável e resiliente, garantindo a perenidade do negócio.
ESG primeiramente é sobre o negócio! Ele precisa demonstrar ser lucrativo porque se importa em não causar impactos socioambientais negativos e, naturalmente se importa com a sustentabilidade do planeta.
Comece a pensar em transformar a gestão do seu negócio implementando o ESG e coloque sua empresa na vanguarda da Gestão de Riscos ESG e da sustentabilidade e responsabilidade corporativa.
O ESG não é uma estratégia solta, muito menos a geração de relatórios anuais de desempenho. ESG é o dia – a – dia orientado à melhores práticas, para isso é preciso de uma estrutura de gestão robusta e em constante desenvolvimento.
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